Wladimir Lopes de Magalhães Porto, acusado de matar a bailarina Renata Maria Braga de Carvalho, vai a julgamento pela terceira vez na próxima segunda-feira, 1º. O réu será julgado na 5ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua, através da juíza titular da unidade Valência Maria Alves de Sousa Aquino.
Em 1993, Wladimir matou a bailarina Renata Maria, na época com 20 anos, ao efetuar disparos de arma de fogo contra a vítima após discussão no trânsito. O acusado foi julgado pela primeira vez quatro anos depois e condenado a sete anos de prisão por homicídio simples.
As partes recorreram da decisão, e o processo chegou até o Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2004, o órgão decidiu anular a condenação e mandar o réu a novo júri. No segundo julgamento, em 2007, ele foi inocentado com a tese de legítima defesa.
Após a segunda decisão, a promotoria de Justiça recorreu novamente. Ao analisar o caso, o desembargador relator do processo, Raimundo Eymard Ribeiro de Amoreira, afirmou que a suposição de que o crime teria ocorrido sob a tese de legítima defesa é inaceitável, pois o ataque do réu foi despropositado quando disparou o revólver para espantar seus possíveis agressores, não tendo a hipótese acolhida pelo Conselho de Sentença qualquer sincronia com a prova dos autos, devendo ser cassada a decisão.
No terceiro julgamento, a acusação ficará a cargo do promotor de Justiça Antônio Carlos Torres Fradique Accioly e do assistente de acusação José Wilson Pinheiro Sales. Já a defesa será realizada pelos advogados Clayton Marinho e Marcelos Vinícius Gouveia Martins.
O caso
Na época com 24 anos, o estudante Wladimir Lopes de Magalhães, residente de Brasília, matou, com um tiro no olho, a bailarina e atriz Renata Maria Braga de Carvalho, 20, cearense que morava no Rio de Janeiro. O crime ocorreu na Volta da Jurema, Beira Mar, após rápida discussão por problema de trânsito.
Wladimir ocupava uma caminhoneta Mitsubishi Pajero e, com os vidros fechados, atirou contra o jipe em que ia Renata. O estudante estava acompanhado de irmãos e amigos, que também fizeram disparos para o ar, com arma de fogo, depois do tiro que atingiu a bailarina.
Fonte: O Povo
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