Em pleno quarto ano de seca, o sexto em algumas regiões do Interior, como a de Crateús e dos Inhamuns, e com prenúncio de mais um ano de El Niño, em 2016, com nova possibilidade de chuvas abaixo da média histórica, o Grupo de Trabalho e Ação (GTA) das Águas do governo do Estado acelera as discussões em torno de novas alternativas de fonte de abastecimento hídrico para atender à população, à agropecuária e ao setor industrial. Para além da transposição das águas do Rio São Francisco, projetos de reúso de efluentes tratados e de dessalinização da água do mar ganham corpo e urgência para atender, sobretudo, ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp).
"Vamos ter uma usina de dessalinização no Cipp. Essa é uma decisão técnica e política", declarou, na tarde de ontem, a secretária de Desenvolvimento Econômico do Ceará (SDE), Nicolle Barbosa. Segundo ela, três empresas especializadas em tecnologias de dessalinização, sendo duas espanholas e uma de Israel, voltarão a ser contactadas ainda esta semana, para retomarem as negociações para estudos e elaboração de projetos na área do Porto do Pecém.
Conforme disse, a solução foi debatida em reunião realizada na manhã de ontem, na sede da SDE, onde estiveram presentes os titulares das secretarias Estaduais de Recursos Hídricos, das Cidades, além de representantes da Cogerh, Funceme e da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), para analisar a atual situação hídrica no Estado.
"O grupo decidiu que precisamos avançar nessa discussão. Chegamos ao limite (hídrico)", declarou Nicolle Barbosa. A perspectiva é que o projeto da usina de dessalinização esteja pronto em dois anos.
Fonte: DN
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