sexta-feira, 22 de maio de 2015

Sinais do autismo podem ser identificados na infância, permitindo tratamento precoce



Transtorno caracterizado pelo comprometimento na comunicação, dificuldade de interação social e presença de comportamento, o autismo atinge cerca de 70 milhões de pessoas no mundo. Normalmente, os sintomas surgem nos primeiros anos de vida e há vários graus de intensidades e comprometimentos.

De acordo com Isis Falcão, terapeuta ocupacional da rede de saúde Hapvida, não há uma causa definida para o autismo. “Há estudos que apontam que um conjunto de fatores podem estar relacionados com o diagnóstico como, por exemplo, componentes genéticos e fatores sociais”, afirma.

Alguns setores da sociedade indicam que autismo não é uma doença, contudo, os pais podem identificar ainda na infância, devido a dificuldade de comunicação com outras crianças, atraso na fala, rejeição ao contato físico, ausência de emoções, apego a objetos diferentes, dificuldade de mudar a rotina, sensibilidade a sons e não responder a comandos verbais.

Com todos os obstáculos que a pessoa autista possui, as habilidades não são deixadas de fora. Ainda de acordo com Isis Falcão, a aptidão da criança varia conforme o comprometimento.

“Eles têm uma boa capacidade de memorização e organização. Vale considerar o contexto que essa criança está inserida (escola, domicílio e família). Os talentos podem estimuladas e conquistadas com um tratamento multidisciplinar e mudanças no cotidiano da criança”, explicou.


Auxílio

Caso os pais observem alguma alteração de desenvolvimento deve-se procurar auxílio de uma equipe multidisciplinar especializada como: neuropediatra, psiquiatra, psicológo, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo.

Para Alana Ribeiro, presidente da Fundação Projeto Diferente, onde realiza um trabalho com autistas, ela indica que o papel dos pais é de suma importância, no momento em que recebe o diagnóstico.

“Quando os pais recebem o diagnóstico, a primeira sensação é de frustração. Se eles ficarem presos a esse sentimento, não vão ajudar no desenvolvimento normal do filho”, afirmou.

Ainda segundo a presidente, se a criança não for estimulada, a mesma não se desenvolve amplamente, tendo dificuldade de relacionamento. Diante disso, as terapias são uma segurança para se desenvolver nessas áreas.

Fonte: Tribuna do Ceará


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