quinta-feira, 2 de julho de 2015

HISTÓRICO - Embaixadas de Cuba e EUA serão reabertas em Washington e Havana


Os governos de Cuba e dos Estados Unidos reabrirão no próximo dia 20 as respectivas embaixadas em Havana e Washington, mais uma iniciativa na retomada de relações entre os dois países. Num pronunciamento na Casa Branca, na capital dos EUA, o presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou que a medida é “um passo histórico” e mais uma demonstração de que a nação não tem de ficar aprisionada ao passado.

Obama também adiantou que o secretário de Estado, John Kerry, viajará a Havana para hastear a bandeira estadunidense na Embaixada. Segundo o presidente, a reabertura completa da representação diplomática em Havana significa que os diplomatas dos EUA poderão lidar diretamente com autoridades cubanas, com líderes da sociedade civil e cubanos comuns. Em seu pronunciamento, o presidente também pediu que o Congresso levante o embargo econômico a Cuba.

As representações norte-americana na ilha cubana e em Washington estão fechadas desde 1961. A reabertura era esperada desde dezembro, quando o descongelamento das relações foi oficializado por Obama e o presidente cubano, Raúl Castro. Pouco antes do comunicado cubano, o chefe da Seção de Negócios norte-americanos em Cuba, Jeffrey DeLaurentis, entregou o pedido formal a Marcelino Medina, ministro das Relações Exteriores interino cubano.

A expectativa é que o prédio que agora abriga a Seção de Negócios seja aberto como Embaixada num evento com a participação de Kerry. Ao mesmo tempo, os cubanos providenciaram reformas na própria Seção de Negócios em Washington. O local teve sua cerca pintada e ganhou um mastro onde deverá ser hasteada a bandeira.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro comemorou em Brasília a decisão e a considerou o passo mais importante na normalização das relações entre os dois países: “O Governo brasileiro cumprimenta os governos de Cuba e dos EUA e por essa histórica decisão, que representa a superação de animosidades anacrônicas e traz efeitos potencialmente positivos para todo o continente americano”.

Fonte: O Povo

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