quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Indicação de genro para Anac deixa Eunício no foco de protestos


O Presidente da Executiva Regional e líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, se transformou em alvo de protestos após indicar o genro Ricardo Fenelon Júnior para um dos cargos de diretor da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). O nome de Ricardo será submetido, nesta quarta-feira (05/08), à sabatina na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado. A sabatina será feita, também, com outro indicado – advogado José Ricardo Botelho de Queiroz.

A indicação dos dois Ricardos é política e faz parte do acordo entre lideranças do PMDB e o Palácio do Planalto na partilha de cargos para os partidos da base aliada. As indicações têm relatórios favoráveis apresentados pelos senadores Sandra Braga (PMDB-AM) e Valdir Raupp (PMDB-RO). Entidades do setor da aviação cobram nomes de perfil técnico para o órgão que regula a aviação brasileira.

Como sinal de protesto mais direto e firme, Seranac (Associação dos Servidores e Colaboradores da Anac) lançou um abaixo-assinado on line contra o apadrinhamento político na Anac e criticou a utilização de critérios políticos para a nomeação dos diretores.

A Seranac cobra que a agência reguladora seja conduzida “por pessoas com elevado conceito no campo da aviação”. A entidade destaca, ainda, que “a complexidade de suas atribuições e o seu impacto sobre a sociedade explicam a racionalidade por trás da exigência de que os diretores da agência tenham elevado conceito no campo de especialidade’’.

Outra manifestação de protesto partiu, por meio de carta aberta endereçada ao presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), da Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves(Appa) que pede aos senadores que rejeitem as duas indicações e avaliem que ambos “não possuem a experiência requerida para exercer” o cargo.

De acordo com a carta endereçada a Calheiros, “não é admissível supor que em poucos meses a Anac corra o risco de ter entre seus mais antigos diretores pessoas que não acumulam a experiência esperada para o exercício das suas funções’’. O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, não respondeu aos ataques e, nas últimas três semanas, após a indicação do genro, administra as críticas com silêncio e distante da mídia. O episódio o colocou na rota de desgaste político e eleitoral.

Fonte: Ceará Agora

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