A Gol Linha Aéreas tem interesse em ofertar voos para os aeroportos de Jericoacoara e de Aracati na alta estação. A afirmação é do presidente da companhia, Paulo Sérgio Kakinoff, que ressaltou estar atento a voos regionais em todo o Brasil, incluindo as praias cearenses. Ele participou do 5º Workshop para a Imprensa “Os Bastidores da Aviação”, realizado para jornalistas de todo o Brasil.
“A regularidade do voo depende da sazonalidade. Por exemplo, Jericoacoara e Canoa Quebrada não são localidades que demandariam um voo diário. Se houver a possibilidade do pouso da aeronave, tecnicamente falando, nesses aeródromos, seguramente a companhia poderia voar em regime de alta temporada”, afirmou ao O POVO.
As questões técnicas das quais Kakinoff fala é compactação de pista, tipo de asfalto e patamar de instrumentação. Ele ressaltou que o Programa de Aviação Regional do Governo Federal visa exatamente aprimorar as condições técnicas de aeródromos como esses.
“Para Canoa Quebrada ou Jericoacoara, os estudos de demanda indicam sazonalidade e a companhia trabalharia colocando uma malha específica para alta temporada. À medida que esses aprimoramentos (técnicos) forem feitos, vamos estudar a possibilidade de implementação de voos”, enfatizou.
O presidente revelou ainda que o Nordeste é a terceira região com maior número de voos da Gol, com expansão média de um novo destino operado a cada semestre desde que a companhia nasceu, em 15 de janeiro de 2001. “O objetivo é seguir neste ritmo.”
O Aeroporto Internacional de Jericoacoara está previsto para entrar em operação em julho de 2016. Possui a segunda maior pista de pouso e decolagem do Ceará, com 2,2 mil metros de extensão e com capacidade para 1,2 mil voos por ano. Recebeu investimento de R$ 47,4 milhões. Com o aeroporto, a viagem de Fortaleza a Jeri será feita em apenas uma hora, em vez das atuais cinco horas.
O Aeroporto Dragão do Mar (Aracati) foi inaugurado em 2012 e tem capacidade para receber aeronaves do porte de um Boeing 737, mas está funcionamento apenas para voos de negócio e fretados para turismo. Não tem voos regionais nem comerciais regulares. Consumiu investimento de R$ 23,7 milhões.
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