O primeiro livro do Papa Francisco, “O nome de Deus é misericórdia”, foi lançado nesta terça-feira em uma cerimônia no instituto Patristico Augustinianum, em Roma. Em um discurso emocionado, o ator italiano Roberto Benigni conduziu a apresentação da obra, produzida a partir de uma conversa com o veterano jornalista italiano Andrea Tornielli. Ao seu lado, estavam presentes membros da Santa Sé, como o cardeal Pietro Parolin e o padre Federico Lombardi.
Na obra, o Papa Francisco conclama os líderes da Igreja Católica Romana a agirem com mais compaixão na tarefa de pastorear uma “humanindade ferida”, em vez de agirem como grandes estudiosos da verdade, rápidos na hora de condenar e excluir aqueles que não obedecem os ensinamentos da Igreja.
Resultado de uma série de encontros com Tornielli, a obra será publicada em 84 países, em seis idiomas — italiano, português, inglês, francês, alemão e espanhol. Na capa do livro, sobre um fundo branco e com a ilustração do brasão do Vaticano, o título foi escrito em vermelho pelo próprio Papa.
No livro, de 150 páginas, o Papa Francisco repete uma frase amplamente citada, "Quem sou eu para julgar?", usada em uma declaração sobre os homossexuais, dizendo que "as pessoas não devem ser definidas apenas por sua identidade sexual".
Em formato de perguntas e respostas, a obra não abre nenhuma nova fronteira, mas é um reforço muito convincente dos principais temas debatidos no papado de Francisco, resumidos em palavras simples.
Francisco pareceu criticar os conservadores da Igreja, dizendo que eles prejudicam a ideia da misericórdia em nome da doutrina.
O Papa critica aqueles que, na igreja, "estão acostumados a ver apenas as coisas que se encaixam em suas noções pré-concebidas e pureza ritual, em vez de deixar-se surpreender pela realidade, por um amor maior ou um padrão mais elevado."
O livro coincide com o Ano da Misericórdia, durante o qual 1,2 bilhão de católicos do mundo todo são convidados a buscar o perdão e perdoar.
Com informações de O Globo
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