Um estudo recente, publicado no Journal of American Medical Association, avaliou a prescrição de antibióticos, no cadastro nacional de cuidados ambulatoriais entre 2010 e 2011. Olevantamento foi separado por idade, região e diagnósticos nos Estados Unidos. A conclusão preocupa. Entre as 184.032 consultas ambulatórias, 12,6%resultaram em prescrição de antibióticos. Coletivamente, as infecções respiratórias responderam por 221/1.000 das prescrições, sendo que, entre essas, apenas 111/1.000 foram consideradas apropriadas.
Das 505 prescrições de antibióticos, apenas 353 foram consideradas corretas. Logo, cerca de 1/3 das prescrições foram inadequadas aos quadros que foram tratados (resfriados, bronquites, dores de garganta, infecções de ouvidos e seios da face, segundo os autores) e mesmo que essa pesquisa já tenha 5 anos, não há uma expectativa de dados diferentes nos dias de hoje.
No Brasil, não há estatística recente, mas por análise e pelo aumento de resistência bacteriana, a realidade é semelhante. Segundo o pediatra e homeopata Moises Chencinski, é importante ficar atento. “Antibióticos não ‘matam bactérias ruins’ e sim ‘bactérias sensíveis’. Nesse caso, quando se utiliza um antibiótico, quer seja da forma adequada ou não, ocorre uma seleção de nossa flora bacteriana oral, intestinal e vaginal, que forma grande parte de nosso sistema de proteção”, diz.
Chencinski também ressalta que “além de nos deixar mais suscetíveis a uma infecção pordiminuição das defesas, de interferir de forma prejudicial no sistema digestivo, essa é uma forma de transmissão de resistência a agentes infecciosos bacterianos que dificultam a ação dos antibióticos existentes, gerando maiores riscos de morte.”
Fonte: Verdinha 810
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