quarta-feira, 13 de maio de 2015

Deputados discutem situação da Saúde no Ceará



O debate sobre a atual situação da saúde pública no Ceará tomou conta da Assembleia Legislativa nesta terça (12). Deputados de oposição ao governo não mediram críticas ao “verdadeiro caos”, que veio à tona após a divulgação em jornais e sites locais e nacionais de pacientes sendo atendidos no chão dos corredores do Instituto José Frota (IJF), maior hospital de emergência de Fortaleza. 

O deputado Daniel Oliveira (PMDB) criticou os investimentos feitos pelo ex-governador Cid Gomes na construção de hospitais regionais do Interior, como os do Cariri e de Sobral. “Se estivessem trazendo resultados, Fortaleza não estaria passando por essa situação. Os pacientes não teriam que vir a Fortaleza. É um problema de todo o Estado. Investiram muito construindo prédios bonitos, mas esqueceram de contratar médicos”, afirmou. 

Carlos Matos (PSDB) foi à tribuna e apresentou dados que, segundo ele, foram coletados em visita ao IJF na manhã de hoje. “Lá me disseram que 56% dos pacientes atualmente são do Interior. Tem paciente de Sobral lá! Se a saúde estava com pneumonia, teve um AVC. O prefeito e o governador precisam agir”, comentou, lamentando ainda a saída do secretário de Saúde Carlile Lavor, anunciada oficialmente na noite de ontem (11). 

Rachel Maques (PT), por sua vez, negou que esteja havendo caos na saúde pública cearense apresentando números e avaliou a superlotação dos hospitais um caso pontual. “A superlotação tem caráter de sazonalidade. O abastecimento está sendo feito e as unidades estão funcionado. As seis UPAs 24 horas atenderam, nos últimos três anos, 2 milhões e 100 mil pessoas. O hospital do Cariri, mais de 1,6 milhão, e realizou 27 mil cirurgias. O hospital de Sobral já realizou cerca de 1,2 milhão de atendimentos, com 13 mil cirurgias. Temos que aperfeiçoar, sem dúvidas, mas sem o caos dito aqui pela oposição”. 

Líder do governo na AL, o deputado Evandro Leitão (PDT) ponderou que é preciso discutir, além da rede pública, a iniciativa privada de saúde no Estado. Segundo ele, nos últimos 10 anos foram fechados 11 hospitais e mais de mil leitos privados em convênio com o SUS. “Em contrapartida, o Estado entregou cerca de mil leitos. Mas temos uma população crescente, é claro que essa conta não irá fechar nunca. Há aproximadamente 16 anos que não temos correção da tabela do SUS na Saúde”, disse. 

Fonte: Ceará 247

Nenhum comentário:

Postar um comentário