sábado, 8 de agosto de 2015

Quem não é Duquinha é do cão



O deputado Manoel Ducca (PROS) disse ontem (7), sorrindo, no plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, "ele não valia nada", a respeito do assassinato covarde do radialista Gleyson Carvalho na última quinta-feira (06) na Liberdade FM, em Camocim, por uma dupla de pistoleiros.

Segundo a reportagem do Jornal O Povo, o deputado confirmou a história afirmando "Disse e assino embaixo", "Ele não prestava mesmo. Pode dizer em seu jornal aí", disse novamente sorrindo. "Era um mentiroso e só fazia inimigos". E quando foi questionado pela reportagem se não seria um desrespeito fazer o comentário no dia seguinte à morte do radialista, Ducca disse que "falava com ele vivo e falo com ele morto. Tanto faz".

O fato é grave por que vem exatamente de um parlamentar que deveria, zelar pelas instituições e pelos meios como a sociedade deve lidar na solução de conflitos, estimulando o embate no campo das idéias e nunca, mas nunca, estimular a violência. Endossando um atentado contra a liberdade de expressão com um comentário em desfavor ao radialista, o parlamentar agride, toda uma classe jornalistica que tem o papel de mostra a sociedade os fatos, dando direito ao cidadão de forma sua opinião. 

Duquinha é irmão do deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), citado pelo delator da operação Lava Jato, Paulo Roberto Costa, como emissário do presidente do Senado, Renan Calheiros, para cobrança de propinas junto à diretoria de Abastecimento.

Na década de 1990, ambos foram processados, suspeitos de serem mandantes da morte do prefeito da cidade, João Jaime Ferreira Gomes, que anos antes havia denunciado os irmãos por desvios de recursos esquema de propinas e assassinatos.

Ainda sobre o Crime em Camocim, o Governador Camilo Santana mandou a Secretaria de Segurança Pública dar prioridade ao caso e disse que quer apuração, prisão e a punição para os envolvidos neste assassinato. As entidades de classe do Ceará e do Brasil acompanham de perto as investigações e a sociedade aguarda a punição dos envolvidos inclusive dos mandantes, que tentam calar a voz do povo legitimada pela imprensa.

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