A Universidade Federal do Ceará (UFC) criou, nesta sexta-feira, 10, a Comissão de Direitos Humanos. A portaria foi aprovada em reunião com do Conselho Universitário (Consuni), presidida pelo reitor Henry Campos. A Comissão surge após polêmicas envolvendo a Universidade, como denúncias de racismo, manifestações políticas e, mais recentemente, sobre espetáculo que aborda transexualidade.
Para o reitor, o momento é "de extrema importância" já que a que a Comissão deve ter "o máximo de autonomia". O vice-reitor Custódio Almeida explica que o comitê é propositivo e "vai assessorar a Reitoria e propor políticas". Ele esclarece que a portaria com a criação da Comissão pode originar uma resolução do Consuni. Foram aprovados 20 membros efetivos com mandato de dois anos.
O objetivo da Comissão é estimular uma cultura de Direitos Humanos dentro da UFC a partir de ações educativas e políticas institucionais. Denunciar e acompanhar a situação de violações e organizar atividades e projetos relacionados ao tema também serão de responsabilidade da nova Comissão.
Participam da Comissão servidores indicados pelo Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará (Sintufce), alunos sugeridos pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) e o Diretório Central dos Estudantes (DCE).
Comissão de ética
O Consuni aprovou ainda mudanças no código da Comissão de Ética da UFC. Uma das alterações prevê a indicação de dois servidores por unidade acadêmica para auxiliar nos trabalhos de orientação, educação e divulgação das regras éticas da Universidade.
O Conselho Universitário também fez algumas alterações no regimento interno da Comissão para detalhar pontos que não haviam sido abordados e garante à Comissão o poder de recomendar, acompanhar e avaliar ações para disseminar, capacitar e treinar sobre as normas éticas da Universidade.
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