Prédios públicos de 23 cidades do Piauí estão sem energia elétrica por falta de pagamento das contas. As dívidas com a Eletrobrás passam de R$ 13 milhões.
Desde que assumiu o cargo, há dois anos, o prefeito de Cristino Castro dá expediente em uma casa, emprestada pela mãe dele. A sede da prefeitura foi abandonada há quatro anos por falta de energia elétrica. No prédio, há documentos espalhados pelo chão.
A Eletrobrás suspendeu o fornecimento por causa de uma dívida da prefeitura que se acumula há doze anos e que chega a R$ 1,8 um milhão. “A Eletrobrás foi culpada porque ninguém pagava nada. Hoje como é que eu vou pagar sem ter dinheiro? Não tem como”, diz Valmir Falcão (PSD).
O corte afeta também a Secretaria de Educação, o ginásio esportivo e até uma creche, que tem quase 500 crianças matriculadas. A creche foi inaugurada em fevereiro e chegou a funcionar por quase duas semanas sem luz elétrica.
No município de Santa Luz também falta energia nos prédios públicos. A sede da prefeitura está fechada e o prefeito atende em uma casa alugada.
A secretaria de educação funciona sem luz desde janeiro deste ano. “As vezes a gente libera os funcionários para fazer alguns trabalhos em suas casas. Aquelas casas que têm internet, para ver se as coisas não param totalmente”, explica Gildemar Moraes Hora, secretário de Educação de Santa Luz.
Segundo a Eletrobrás, 23 municípios do Piauí estão inadimplentes com a empresa. O montante do débito é superior a R$ 13 milhões. Algumas prefeituras chegaram a fazer negociação, mas não conseguiram honrar o compromisso. Ainda de acordo com a empresa, em parte desses municípios devedores o fornecimento foi retomado por força de liminar.
O Ministério Público do Piauí conseguiu uma liminar na Justiça para que a energia da creche seja religada. As aulas devem ser retomadas na próxima segunda-feira.
Fonte: Globo News
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