O Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Flávio Saboya, considera o momento muito crítico para o setor agrícola, com a crise hídrica do Ceará, agravada pela crise econômica, embora reconheça a necessidade de priorizar o uso da água para o consumo humano. Segundo ele, estamos numa encruzilhada. Os efeitos econômicos da medida da Cogehr de suspender novas outorgas para a região do baixo e médio Juaguaribe, em função da crise hídrica, podem significar a saída de grandes empresas produtoras para outros estados, principalmente diante da perspectiva da situação continuar em 2016, segundo as previsões da Funceme.
Ainda segundo Flavio Saboya, os efeitos econômicos e sociais são muito graves. Segundo ele, mais de 1.500 trabalhadores já foram demitidos no setor, que gera em torno de cinco mil empregos diretos, na região afetada pela medida da Cogehr.
A FAEC está defendendo a criação de um seguro seca para proteger as atividades econômicas e vem negociando com o ministério da agricultura, através da Confederação Nacional da Agricultura, a implantação dessa medida. Mas, segundo, ele, mesmo que seja implantado, o seguro não cobriria os efeitos da situação atual, mas apenas, ocorrências futuras. Ainda este mês haverá nova reunião em Brasília, com representantes do ministério, para avançar na discussão.
Na última visita da presidenta Dilma ao Ceará, a FAEC entregou um documento em que se destaca a criação do Seguro Seca, pelo Governo Federal, destinado à cobertura das atividades agropecuárias de pequenos e médios produtores, na região semiárida.
Fonte: Brasil 274
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