domingo, 26 de abril de 2015

Cerca de 70% dos brasileiros ativos no Facebook se informam pela rede social

Quando a internet começou a ser disponibilizada comercialmente para a população brasileira, na segunda metade da década de 90, surgia a principal revolução midiática da história capaz de romper com as estruturas tradicionais de disseminação da informação predominantes até então. Assim, entramos no século 21 com o ambiente virtual modificando consideravelmente os hábitos de consumo de conteúdo.


Vimos nascer redes sociais, como Orkut, Twitter e Facebook, sites de vídeos, como YouTube, e programas de chat, como Messenger e Skype, além de milhares de blogs e sites, elevando a web a um patamar ímpar na circulação de informação. Tantas ferramentas de liberdade e empoderamento começaram a preocupar os grupos de comunicação que reinavam há décadas como os únicos detentores legítimos do papel de informar.


Pois bem, o gráfico acima, produzido pela Quartz – agência norte-americana que divulga notícias sobre a nova economia global – mostra o ranking mundial dos países que mais consomem notícias por meio do Facebook. O Brasil aparece em primeiro lugar, com 67% de sua população buscando informação, prioritariamente, na rede social. Também ocupamos a liderança na utilização do Facebook para fins diversos, com 80%.

Algumas pessoas arriscarão dizer, precipitadamente, que a formação educacional precária da sociedade brasileira contribui para um cenário de superficialidade informativa, uma vez que países como Alemanha, França e Japão possuem índices baixos de buscas de notícias pelas redes sociais. Ou seja, em vez de ler uma revista semanal ou abrir um jornal, o brasileiro recorre aos meios digitais, práticos e acessíveis na palma da mão, e acaba esbarrando com frivolidades e informações inconsistentes.


(Por Paulo Roberto Junior, jornalista do jornal O Globo, em 21/04/2015 na edição 847 do Observatório da Imprensa)

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