quinta-feira, 18 de junho de 2015

Advogado antecipa retorno a Fortaleza para depor à PF



O advogado Fernando Feitosa, que estava fora do País, antecipou retorno ao Brasil para prestar depoimento à Polícia Federal (PF), em Fortaleza, como parte da operação “Expresso 150”. Filho do desembargador Carlos Feitosa Rodrigues, afastado após ação da PF deflagrada na última segunda-feira, Fernando é um dos investigados por suspeita de envolvimento em esquema de venda de habeas corpus nos plantões do Judiciário cearense. 

Uma equipe da PF já estava à espera de Fernando para cumprir mandado de condução coercitiva quando o advogado desembarcou no Aeroporto Internacional Pinto Martins, às 20h40min de ontem.

De acordo com o advogado Waldir Xavier, que defende Fernando, ele encerrou a viagem antes do previsto com o propósito de se apresentar à PF. Até o fechamento desta edição, Fernando Feitosa ainda prestava depoimento à Polícia, mas a expectativa era de que fosse liberado em seguida. 

Pai de Fernando, o desembargador Carlos Feitosa foi afastado do cargo após as investigações da PF. Na segunda-feira, 15, policiais federais cumpriram 28 mandados de busca e apreensão em diversos endereços de Fortaleza, incluindo o gabinete do desembargador., e 22 de condução coercitiva. 

De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), o juiz Antônio de Pádua deve assumir o gabinete de Carlos Feitosa na próxima semana.

Os mandados de busca e apreensão e de conduções coercitivas foram executados por ordem vinda de Brasília, assinada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O suposto esquema de venda de habeas corpus nos plantões judiciais é investigado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) desde 2014.

Escutas telefônicas mostraram que traficantes podem ter se transferido de outros estados para o Ceará com o objetivo de se beneficiar da venda de alvarás de soltura. 

O esquema foi denunciado ao CNJ pelo ex-presidente do TJCE, Luiz Gerardo Brígido. 

O valor de uma sentença chegaria a R$ 150 mil.

Conforme o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), Valdetário Monteiro, 30 advogados estão sendo investigados por suspeita de participarem do crime. (Lucas Mota)

Fonte: O Povo

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