quinta-feira, 25 de junho de 2015

Teatro Universitário Paschoal Carlos Magno celebra 50 anos amanhã (26)


O Teatro Universitário (TU) Paschoal Carlos Magno comemora 50 anos amanhã. Inaugurado em 26 de junho de 1965, por este cinquentão, localizado na efervescência do bairro Benfica, já passaram nomes relevantes das artes cearenses.

Para celebrar a data, será aberta hoje a exposição Nós e TU. Segundo Rafael Vieira, historiador do Memorial da Universidade Federal do Ceará (UFC), a mostra consiste na apresentação de 20 painéis com fotografias de atrizes e atores que passaram pelo TU e de imagens dos espetáculos e ações realizadas no equipamento. A ideia é oferecer uma experiência interativa, no qual as pessoas que conhecem a história do Teatro possam registrar suas lembranças, identificando os artistas e as peças encenadas. (Leia coordenada na página (3).

Vieira comenta que esta é uma maneira de obter mais informações de uma história ainda viva. “Percebemos que a documentação do Teatro não está bem organizada e muitas pessoas que passaram por lá já estão idosas. Então, é um esforço no sentido de resgatar essa memória”.

O ator e dramaturgo Ricardo Guilherme participou ativamente da história do Teatro Universitário. Ele foi o propositor/fundador da Licenciatura em Teatro da UFC, implantada em 2010. Ricardo lembra que o teatro sediou a militância de grupos artísticos, em especial a formação dos oriundos da Licenciatura em Teatro do Instituto de Cultura e Arte.

Ele revela ainda que o Teatro foi um dos epicentros da resistência à ditadura militar, de 1965, até a abolição da censura prevista pela Constituição de 1988. “O TU viveu a transgressão e encarou a repressão”. Além de ter sediado o Curso de Arte Dramática (CAD), de 1964 a 2009, o espaço ensejou intensos movimentos culturais de Fortaleza, da década de 1960 ao início do século XXI, com programação de peças, concertos, conferências e shows diversos. “Nele, passado, presente e futuro formam um tempo-trio que a um só tempo nos perpassa”, desenha Ricardo Guilherme.

Fonte: O Povo

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