terça-feira, 28 de julho de 2015

Site mapeia lugares onde há cachorros perdidos, achados e para adoção



Ao encontrar um cachorro abandonado, qual o procedimento a ser adotado? Como fazer para encontrar o dono do animal? Protetora de animais há cinco anos, a jornalista Andrea Giusti criou o site “Procura-se Cachorro” para resolver esse dilema. Além de ajudar a encontrar cachorros perdidos, a plataforma pretende incentivar a adoção. “Eu percebi que havia um desencontro, quem perdia não conseguia achar os animais, e quem os achava não sabia como encontrar os donos, então eu quis agrupar tudo”, explica.

Ao se cadastrar, o usuário precisa indicar as características do cachorro. A cada atualização, as informações são acrescentadas no perfil do cachorro. Ao finalizar o cadastro, o sistema permite que o usuário imprima um cartaz para ser afixado em locais públicos.

Apesar de investir no sistema online, Andrea Giusti considera a busca física tão importante quanto a virtual. Dessa forma, as pessoas também podem conhecer os cachorros abandonados que foram recuperados e estão disponíveis para a adoção.

O sistema inteligente usado para cruzar as informações abrange todo o Brasil e existe desde outubro de 2012. Ao marcar um ponto no mapa, o sistema rastreia um raio de 10 quilômetrosa partir do ponto de desaparecimento.

Atualmente o site possui 10 mil usuários cadastrados e já registrou 1.700 cães encontrados. Além de cruzar os dados, o sistema notifica às duas partes (perdido e encontrado) quando se trata do mesmo animal, facilitando o encontro.

No site há registro de um cãozinho perdido no Ceará. Chamado de Bob, o cão desapareceu em dezembro de 2014 nas proximidades da ponte da Barra do Ceará. Ele usava uma coleira de cor verde e tem a pata direita de trás quebrada. Há um link com cartaz e contato da dona do animal.

Eu já vi o desespero dos dois lados, de quem perde e de quem acha. É difícil porque não se sabe o que fazer. (Andrea Giusti)

Em apenas um mês de criação, o site já teve o seu primeiro caso solucionado, em Belo Horizonte. O usuário que encontrou o cachorro em uma praça decidiu se cadastrar no site e, ao preencher os dados, percebeu que o cachorro já estava registrado na plataforma como perdido. Assim, as duas partes foram notificadas e assim puderam se encontrar. “Ver isso acontecer é muito gratificante porque é exatamente a ideia que estava na minha cabeça. A ideia funcionar, as família agradecer, é tudo muito gratificante”, relata.

Inicialmente, a jornalista investiu tempo e dinheiro para que o site funcionasse. Mas devido à demanda, percebeu o quanto se envolvia nas buscas e decidiu largar a profissão para dedicar-se exclusivamente ao “Procura-se cachorro”. Segundo ela, a principal dificuldade foi de conscientizar as pessoas que encontram os cachorros. É preciso realizar um trabalho explicando que aquele animal tem uma família e que os donos estão sofrendo com a espera.

Com apenas 30 anos, Andrea Giusti dedica cerca de 18 horas por dia ao site e tem colaboradores para as redes sociais e para a programação do website. Além do projeto, ela também se dedica à causa animal no Projeto Salvacão, uma Organização Não Governamental (ONG) de São Paulo, que acolhe animais abandonados, defende de maus tratos e incentiva a adoção dos mesmos.

“O inesperado sempre acontece. Eu já vi o desespero dos dois lados, de quem perde e de quem acha. É difícil porque não se sabe o que fazer. Então eu acho que a prevenção ainda é a melhor saída. É importante identificar os animais, marcar o telefone na coleira evitar deixá-los em lugares públicos, principalmente se estiverem soltos”, indica.

Fonte: Tribuna do Ceará

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