A Secretaria da Saúde do Estado lança na segunda-feira, 14 de março, às 8h30min, no Auditório Waldir Arcoverde, Avenida Almirante Barroso, 600, Praia de Iracema, o projeto de capacitação das equipes multiprofissionais das policlínicas regionais do Ceará que prestarão assistência a crianças com distúrbios do desenvolvimento neurotransmissor, como os provocados pela microcefalia. Com a capacitação, as 19 policlínicas regionais do Governo do Estado terão seus Centros de Intervenção Precoce, com equipe de cinco profissionais de fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicologia, enfermagem ou assistência social, para o tratamento e reabilitação das crianças atendidas. A primeira capacitação acontecerá de 14 a 19 de março e treinará equipes de dez policlínicas – Caucaia, Baturité, Pacajus, Russas, Limoeiro do Norte, Barbalha, Sobral, Crateús, Camocim e Tianguá.
O Núcleo de Tratamento e Estimulação Precoce (Nutep) é a instituição responsável pelo treinamento. Além de prestar assistência permanente a cerca de 750 crianças pelo SUS, essa unidade do complexo hospitalar da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC) atua na área de ensino, pesquisa e extensão e é campo de atividades acadêmicas para os cursos de graduação, pós-graduação e residência multiprofissional na área da saúde. Para a capacitação das equipes das 19 policlínicas regionais, a Secretaria da Saúde do Estado firmou convênio com o Nutep, no valor de R$ 1.157.404,28, com previsão de treinamento de 95 profissionais.
O convênio prevê a realização de três capacitações para contemplar as 19 policlínicas. Cada capacitação consta de treinamento teórico de 40 horas/aula, treinamento prático de 60 horas, sendo 30 horas no Nutep e 30 horas nas próprias policlínicas, e etapa de acompanhamento e avaliação, em que o Nutep realizará supervisões periódicas, prestará consultoria técnica às equipes multidisciplinares, e dará apoio ao processo de coleta, consolidação, produção e análise de indicadores. O convênio tem duração de 12 meses, de março de 2016 a fevereiro de 2017.
A microcefalia é uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor ou igual a 32 centímetros. Pode ser causada por efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como as substâncias químicas e agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação. O tipo e o nível de gravidade da sequela variam caso a caso. Tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e a qualidade de vida. O Ceará tem 33 casos confirmados de microcefalia de outubro de 2015 a 29 de fevereiro deste ano, conforme boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado. Outros 271 casos estão em investigação. Há um caso confirmado de microcefalia relacionado a zika, que é o do óbito de uma criança no município de Tejuçuoca.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Sesa
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