Gaia foi encontrada morta no dia 25 de dezembro de 2014
Ainda é desconhecido pela Polícia Civil o autor do assassinato que vitimou a turista italiana Gaia Barbara Molinari, 29, em dezembro do ano passado, em Jericoacoara. Prestes a completar quatro meses, o inquérito sobre o caso continua em aberto. Pela segunda vez, os autos foram remetidos à Justiça, juntamente com uma solicitação de mais prazo para novas diligências.
Responsável pela investigação, a delegada Patrícia Bezerra, adjunta da Delegacia de Proteção ao Turista (Deprotur), informou que o pedido de prazo foi encaminhado no início de abril à Comarca de Jijoca de Jericoacoara, a 294 km de Fortaleza. Porém, ainda não houve retorno do fórum. “Da outra vez, foram 45 dias. Por enquanto, as investigações estão paradas”.
Segundo Patrícia, a investigação enfrenta dificuldades por causa das particularidades do crime, que ocorreu em local ermo, sem testemunhas e com alta rotatividade de visitantes. Ela considera o tempo que Gaia permaneceu no Estado curto. “Toda e qualquer motivação para o assassinato dela ocorreu em três dias. Cerca de 80% da população de Jeri muda a cada fim de semana”. Patrícia destacou que a distância também atrapalha, já que todos os exames periciais são realizados na Capital. Ela antecipou que deve voltar a Jericoacoara na próxima semana.
Dentre as pessoas que figuraram como suspeitas do crime, estava um casal estrangeiro, formado por uma francesa e um uruguaio; um italiano instrutor de windsurfe; e a farmacêutica carioca Mirian França de Mello, 31, que chegou a ficar detida por 15 dias, após prestar informações contraditórias à Polícia.
Patrícia Bezerra, porém, afirmou que nenhum dos estrangeiros era considerado, de fato, “suspeito”. “No caso do casal, eles foram ouvidos porque havia uma mensagem no celular da Gaia, enviada para a francesa, perguntando algo como ‘te interessa tomar uma cerveja sob a luz das estrelas?’. Mas a mensagem não foi respondida. Mesmo assim, solicitamos que o material genético dos turistas fosse coletado porque eles estavam indo embora. Foi por precaução”, diz.
O mesmo ocorreu com o instrutor italiano, com quem Gaia havia marcado uma aula de windsurfe para a qual não compareceu. Atleta e fotógrafo, ele visita Jericoacoara periodicamente e teria conhecido Gaia na pousada. Foi ele quem participou da acareação que terminou com a prisão de Mirian França, única pessoa apontada como suspeita do crime pela Polícia. “Foi ele a quem Mirian tentou incriminar, fazendo insinuações e inclinando as investigações”, afirmou. A delegada disse ainda que, apesar de ter sido liberada para voltar ao Rio de Janeiro, a carioca ainda é considerada suspeita.
Fonte:O Povo
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