O reajuste máximo dos planos de saúde médico-hospitalares será de 13,55%. O anúncio foi feito quarta-feira (3), pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e é referente ao período de maio de 2015 a abril de 2016. O índice não se aplica aos planos coletivos. Também estão fora os planos individuais contratados antes de janeiro de 1999, a não ser aqueles adaptados à lei de 9.656/1998. O percentual divulgado pela ANS incidirá sobre o contrato de cerca de 8,6 milhões de beneficiários, o que representa 17% do total de 50,8 milhões de consumidores de planos de assistência médica no Brasil.
O advogado especialista em saúde, Rogério Scarabel, explica que, embora não concorde com essa retroatividade, essa é uma maneira de não causar desequilíbrio para as empresas. Para ele, este ano, o reajuste ficou mais próximo da realidade médico-hospitalar. “Não corrige, mas fica mais próximo”.
Ele diz não ter dúvida de que as operadoras adotarão o teto para o reajuste. Também lembra que o aumento dos planos coletivos deve ser bem superior aos 13,55%, já que eles não têm teto determinado pela ANS. Justamente por isso, muitas operadoras estão deixando de trabalhar com planos individuais.
Para a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), que representa as operadoras, o índice autorizado pela ANS reflete uma reposição apenas parcial dos custos médico-hospitalares. Isso porque a elevação dos custos foi apurada em 17,7% pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar. Já a consultoria Aon apontou alta de 18,09% nos custos.
Segundo a Abramge, os números das operadoras de saúde apresentam resultados próximos a 2% e, em muitas empresas, chegam a ser negativos, evidenciando que os reajustes estipulados pela Agência têm ficado aquém do necessário.
Canais de atendimento da ANS
Telefone: 0800 701 9656
Site: www.ans.gov.br
Fonte: Jornal O Povo / Chage BNTT
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