terça-feira, 2 de junho de 2015

POLÍTICA - Por Macário Batista


Na Baixa


Estava eu, posto aos copos, na Baixa Pombalina, perto do Arco da Rua Augusta, já quase na Praça do Comércio, quando, de repente, surge um desses personagens gritantes da vida da gente, aos berros, dizendo que tinha acabado de ver minha Loja, a Casa Macário, que fica quase na esquina da Rua Santa Justa, justo no coração da Pombalina, na Rua Augusta 272. Era um desses brasileiros espalhafatosos, que não guardam discrição nem pras traições que cometem, muito menos deixar de identificar você num bairro tão representativo da vida Lusitana. E, por favor, deixe de maldade. Baixa Pombalina não é nada daquilo que cê possa estar imaginando. A baixa de Lisboa, também chamada Baixa Pombalina ou Lisboa Pombalina foi edificada por ordem do Marquês de Pombal, na sequência do terremoto de 1755, cobrindo uma área de cerca de 23,5 hectares. Localizado no espaço, volto então ao que estava falando, que era de São Macário, já que hoje entendi de falar do xará. E não conte isso pra ninguém como bravata por ter eu um homônimo tão importante na minha santidade. A lenda de São Macário fala de um pobre almocreve que, por engano, matou os pais e em sinal de arrependimento, se tornou num eremita, tendo se fixado no alto de um monte, o Monte Magaio, posteriormente Monte São Macário, onde não vivesse ninguém e onde poderia adorar Deus em paz, alimentando-se parcamente de bagas, mel e insetos. Apesar de viver em isolamento, Macário mantinha contactos esporádicos com a aldeia mais próxima (Macieira), onde, por exemplo, ia buscar brasas para se aquecer, transportando-as na mão sem se queimar em sinal de penitência, o que, segundo os seus devotos, prova a sua santidade. Certo dia, no entanto, transportando as brasas encontrou uma bela pastora da referida aldeia e ao olhar para as suas pernas queimou-se, o que evidenciava as tentações que potencialmente poderiam atormentar um eremita em busca da santidade. “Macário” é a lenda sobre a ascensão do Santo que nunca foi narrada por ninguém. Aí deu teatro. Uma lenda desconhecida que, pois, vai reviver entre os castanheiros milenares da aldeia de Macieira, junto ao monte de São Macário. Destinadas a viver toda a vida entre a terra e o céu, essas árvores são testemunhos do tempo e da verdade perene. “Macário” é uma criação co-produzida para o Festival Viseu, o qual decorre entre 24 Maio e hoje, 2 de Junho. Um programa de arte contemporânea protagonizado por muita gente e por muitos artistas. Centenas de pessoas nas suas várias terras, Mangualde, São Pedro do Sul, Nelas, Tondela e Viseu entram em diálogo com o Teatro, a Música, o Novo Circo e a Dança. Uma experiência única para festejar e sentir o mundo de hoje com o horizonte das artes. Tá vendo?

Eu “se” abro. Pra acabar com o abuso e os benefícios dados aos táxis de Fortaleza, entre eles, isenção de IPI, estacionamentos privilegiados, 13º salário pago pelo usuário, bandeira 2 exatamente quando não tem cliente (depois de 8 da noite), coleguinhas, lá deles, resolveram assumir o Táxi Pirata. Se é bom, se é ruim, não sei, mas tem até tabela.

O passado morreu Em Pernambuco, Recife é macho. Rádio também é macho: Aqui é o Rádio Jornal do Comércio, Pernambuco falando para o mundo. Isso era dito no século passado.

Evolução cearense No passar do tempo, as coisas mudaram. O locutor Paulo Oliveira anunciou na semana que a Rádio Verdes Mares é a maior e mais ouvida rádio do mundo. Do mundo!

Virou zona Tem um escritório instalado com direito a computador, telefone, etc.etc., no porta-malas de um carrinho pequeno na esquina da Rua Barbosa de Freitas, com Monsenhor Tabosa, ali do lado do Náutico.

Por Macário Batista - Jornal O Estado em 02 de junho de 2015

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