O editor do semanal francês “Charlie Hebdo”, Laurent Sourisseau, afirmou que a publicação não fará mais as polêmicas caricaturas do profeta Maomé. A declaração, feita em entrevista à revista alemã “Stern” há duas semanas, acontece cerca de seis meses depois que militantes islâmicos armados entraram atirando na redação do jornal em Paris e mataram 16 pessoas.
“Desenhávamos Maomé para defender o princípio de que as pessoas são livres para desenhar o que quiserem. Mas é estranho que esperam que nós exercitemos uma liberdade de expressão que ninguém mais tem coragem de exercitar”, declarou.
“Nosso trabalho está feito, defendemos o direto à caricatura. Mas ainda acreditamos que temos o direito de criticar todas as religiões”, completou o editor, que ainda disse que “os problemas do Islã também podem ser encontrados em outras religiões.” O cartunista estava na redação no momento do atentado e foi atingido com um tiro no ombro.
Fonte: Folha de São Paulo
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