terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Assembleia instala comitê de prevenção de homicídios na adolescência


O Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência foi instalado, na manhã desta terça-feira (23), no plenário da Assembleia Legislativa. O projeto é uma iniciativa da AL em parceria com Governo do Estado e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e irá propor ações concretas de enfrentamento à violência.

O presidente da AL, deputado Zezinho Albuquerque explicou que a iniciativa vai atuar na perspectiva de compreender as razões para o fenômeno da violência que afeta, especialmente, a faixa etária entre 10 e 19 anos, a partir da análise da trajetória de vida desses jovens.

“A iniciativa se soma a outras que a Assembleia desenvolve em defesa dos nossos jovens, dentre as quais, podemos destacar a campanha institucional Ceará Sem Drogas, que visa alertar para os problemas decorrentes da dependência química”, explicou.

O colegiado será presidido pelo deputado Ivo Gomes (Pros) e terá o deputado Renato Roseno (PSol) como relator. Fazem parte ainda da composição os deputados Zé Ailton Brasil (PP), Augusta Brito (PCdoB) e Bethrose Fontenele (PMB), que são, respectivamente, presidentes das comissões de Direitos Humanos e Cidadania, Juventude e Infância e Adolescência da AL.

Ivo Gomes explicou que o comitê atuará em três momentos. O primeiro de pesquisa, na qual adolescentes infratores e familiares de adolescentes assassinados responderão um questionário, no sentido de investigar as conexões entre eles e suas vidas na família e na comunidade. “Iremos aprofundar na sua afetividade, um assunto que é um tabu quando se fala em violência”, disse.

Na sequência, serão realizadas 11 audiências públicas, das quais três em Fortaleza, e o restante em municípios de Caucaia, Crato, Juazeiro do Norte, Maracanaú, Maranguape e Sobral.

Outros três seminários, com locais e datas a serem definidos, serão promovidos no sentido de levantar o debate com as comunidades sobre temas como dependência química, acesso a armas de fogo, a cultura do medo promovida por programas policiais, políticas públicas que circundam crianças e adolescentes, e afetividade.

Ivo Gomes explicou que esse percurso será realizado para que, ao fim, se possa propor ao Governo do Estado, medidas concretas de combate à violência, sempre baseadas em dados científicos.

“Não queremos aqui julgar ou defender os adolescentes infratores e tampouco o Governo. Queremos entender a trajetória de vida e sentimentalidade desses jovens, e levantar hipóteses que justifiquem o crescimento constante dessa violência, já que as explicações do senso comum, como desemprego e a precariedade da educação pública, por exemplo, não convencem mais”, defendeu.

Com informações da Agência Assembléia Legislativa 

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