terça-feira, 29 de março de 2016

Boa Notícia | Startup francesa utiliza bactérias para gerar eletricidade



Uma nova maneira de iluminar a cidade está sendo desenvolvida por uma startup francesa. A empresa desenvolveu um sistema de iluminação que usa bactérias modificadas geneticamente para se tornarem “luminosas”.

A intenção da startup Glowee é utilizar esse método, que não consome eletricidade, para iluminar vitrines de lojas, fachadas de prédios, monumentos e outros espaços públicos, além de mobiliário urbano, como pontos de ônibus e placas de sinalização.

De acordo com um dos fundadores do investimento, a ideia surgiu após um documentário sobre os peixes das profundezas marinhas que produzem sua própria luz. Após isso os desenvolvedores começaram as suas pesquisas para obterem energia elétrica de forma biológica.

O processo
A empresa utiliza a bioluminescência, uma espécie de emissão de luz por seres vivos, resultante de uma reação química provocada por um gene, para produzir iluminação. As bactérias, que não são nem patogênicas, nem tóxicas, recebem o gene de luminescência de lulas e são cultivadas em uma solução com nutrientes e açúcar para se multiplicar.

Os microrganismos vivos e geneticamente modificados são depois colocados em uma espécie de “lâmpada”: invólucros de resina orgânica que podem ter várias formas e também são adesivos, o que permite fixá-los à superfície que será iluminada.

Além de diminuir o gasto excessivo com energia, o sistema da Glowee contribui, com sua luz de baixa intensidade, para diminuir a “poluição luminosa nas cidades”, além da vantagem ecológica de não utilizar energia elétrica, reduzindo as emissões de CO2.
Duração

A vida útil do sistema de iluminação, por enquanto, é de apenas três horas, segundo a empresa. É por isso que até o momento a luz produzida pelas “bactérias luminosas” têm sido utilizadas apenas em instalações e eventos simples, como festas, por exemplo.

Segundo a Glowee, a iluminação começará a ser utilizada em vitrines de lojas na França a partir do início de 2017. Como a luz produzida não é elétrica, não desrespeitará a lei em vigor na França desde 2013, que proíbe a iluminação de butiques e escritórios à noite.

O governo francês aplicou a medida para reduzir o consumo de energia e de emissões de gás carbônico. Há exceções, no entanto, em épocas de festas como o Natal e em áreas com forte atividade turística e cultural. A próxima etapa da Glowee, a partir de 2018, serão as fachadas de prédios e mobiliário urbano.

Fonte: Portal Norteando Você

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