terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Projeto do artista cearense Diego de Santos será exposto em Brasíli

Em 2016, os desenhos do artista já estiveram em cartaz na Galeria Contemporarte  fotos divulgação

Artista formado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Diego de Santos, 32, atua na área desde 2005 tendo como alicerce o desenho. Natural de Caucaia, o cearense já marcou presença em algumas edições do Salão de Abril e obteve premiações em eventos como o Pipa (Prêmio Investidor Profissional de Arte) e o Prêmio de Criação em Artes Visuais de Teresina (residência artística).

De malas prontas, Diego irá mostrar uma nova linha de experimentação na Galeria Fayga Ostrower (Brasília-DF), de 16 de fevereiro a 2 de abril, após ter atingido pontuação máxima no Prêmio Funarte de Arte Contemporânea. “É um prêmio com recursos do Governo Federal. Trata-se de um edital de circulação no qual eles disponibilizam cinco espaços de exposição no Brasil. Quando você se inscreve, já escolhe o local onde quer expor”, explica. Diego obteve duas notas máximas na disputa, garantindo o segundo lugar de acordo com os critérios da comissão julgadora.

O atual projeto selecionado, batizado de Poema 193, trabalha com o uso do fogo e da fuligem no papel, a partir de uma descoberta no mínimo curiosa. “É uma experimentação que surge quando eu me aproprio de uma coleção de conchas do mar. Consegui atear fogo dentro delas e isso me fez pensar em várias simbologias para esse ato”, resumiu ele a respeito da exposição, que já foi vista na galeria Contemporarte, em fevereiro de 2016. “Esse ato de queimar as conchas, que são a morada dos moluscos, me remeteu àqueles incêndios criminosos”, resumiu o artista ao explicar também o porquê do 193 no título (referente ao número dos Bombeiros).

“Então era mais ou menos a situação que eu estava criando no ateliê. Eu estava sendo uma espécie de ‘bombeiro às avessas’, mas não para destruir e sim para contar uma história. Era uma situação poética”. Manuseando o querosene, Diego de Santos deparou-se com o processo da fuligem. “Tudo aquilo que eu pegava – que era branco – ficava sujo. Comecei a usar então a lamparina, colocando o papel em cima dela, amparando aquela fumaça preta”, explica.

Poema 193 reúne 25 desenhos emoldurados e dois vídeos com toda a filmagem do processo; outros desenhos, de acordo com o artista, serão feitos na própria parede da galeria.

Fonte: O Povo Online

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