segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Ter uma meta na vida traz longevidade

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Ter um objetivo na vida reduz seu risco de doença cardiovascular, acidente vascular cerebral, doença de Alzheimer, ansiedade e depressão. Ter um objetivo na vida também nos traz longevidade.

Depois que muita gente, esta semana, passou a ser tão rico quanto o Eike Batista, é um bom momento para perseguir um novo propósito, agora um pouco mais nobre. Escolher um rumo na vida não é tão fácil quanto parece, pessoas hesitam e vão levando a vida como ela é, no melhor estilo taoísta.

O problema é que, à sua volta, as cobranças e as fontes de estresse são tão intensas que logo a escolha de ir com a maré vira um problema.

Existe uma fórmula para encontrar um norte na vida, e isso é descrito no livro Life on Purpose, de Victor Strecher, da Universidade de Michigan em Ann Harbour. De acordo com o doutor Strecher, é definir objetivos diferentes, porém bem claros, para cada área de importância em nossas vidas: família, trabalho, comunidade e pessoal.

Para cada uma dessas áreas, então, é preciso passar por três passos. O primeiro é imaginar o que queremos escrito em nossa lápide. Por exemplo: “Pai exemplar”, “amigo de todas as horas”, “inventor” etc. Esse propósito dura a vida toda e fica mais importante após a aposentadoria.

Ter a noção de que deixará um legado faz com que a pessoa aprecie mais seu descanso e tema menos a morte. Segundo o autor, filósofos gregos consideravam que todo dia poderia ser o último de suas vidas, e isso aumentava sua produtividade e a apreciação pelos temas da vida.

A segunda regra é iniciar o quanto antes, mesmo sabendo que nunca é tarde para começar. Quanto mais jovem você decidir sua missão no mundo, mais tempo de vida você ganha. Um estudo de Patrick Turiano, publicado na revista Psychological Science, em 2014, com 7 mil adultos norte-americanos entre 20 e 70 anos, demonstrou que ter um propósito reduziu o risco de morte em 12% no período de 14 anos, independentemente da idade.

A terceira regra é pensar nos outros. O autor sugere que se medite por 20 minutos, pensando em coisas boas, que somos felizes, e que os outros não sofram, não só nossos entes queridos, mas nossos inimigos também (eu sei que não é fácil).

Mas são só 20 minutinhos, algumas vezes na semana. Isso gera uma sensação de bem-estar que pode durar semanas. Trabalho voluntário com propósito produz também o mesmo efeito. Pense que seu trabalho não gera apenas seu salário, mas tem, ou terá, papel benéfico para toda a sociedade.

Tudo isso parece um conto de fadas, porém, de acordo com o estudo do doutor Turiano, você pode ganhar mais dez anos de vida boa. Só não vale gastá-los com coisas mundanas. Faça a sua escolha.

- Rogério Tuma
Médico neurologista, escreve sobre Saúde na CartaCapital.

Fonte: CartaCapital

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