Em entrevista concedida ao jornal O Estado de São Paulo, o ex-ministro Cid Gomes afirmou que o Brasil vive hoje uma espécie de "presidencialismo parlamentar", com um Congresso com muito pouco compromisso e um governo cada vez mais dependente do PMDB. "Vivemos hoje um presidencialismo parlamentar, com um Congresso que tem muito pouco compromisso com os reais problemas do País", afirmou.
A entrevista foi a primeira concedida após a conturbada saída de Cid do Ministério da Educação. Para Cid Gomes, a crise vivida pelo governo de Dilma Rousseff é um reflexo do modelo político brasileiro, em que o Executivo depende muito do Parlamento para conseguir governar. "Se o Brasil vivesse o parlamentarismo, o Parlamento governaria com a responsabilidade para o bem ou para o mal. Como não é assim, o Parlamento não se sente responsável. Quer tomar parte do governo para si", disse Cid.
Sobre a entrega do cargo de ministro, Cid afirmou que já previa que teria de deixar o cargo quando foi a Câmara. Em depoimento para prestar esclarecimentos sobre a declaração de que havia "400, 300 achacadores" na Casa, Cid manteve a afirmação. "Eu sabia que ou eudesmentia o que disse ou deixaria o cargo. As duas coisas eram incompatíveis", completou.
Sobre o novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, Cid afirmou que o conhece "muito pouco" e evitou tecer mais comentários. Como novos planos, após a quarentena exigida ao deixar cargo público, o ex-ministro pretende trabalhar no Banco Internacional de Desenvolvimento (BID), nos Estados Unidos, a partir do segundo semestre.
Fonte: DN
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