quarta-feira, 20 de julho de 2016

Equipe de pesquisadores liderados por professor da UVA identifica nova espécie da flora da Caatinga


Pesquisadores da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Universidade Federal do Ceará (UFC) e Universidad Nacional del Nordeste (UNNE-Argentina) identificaram uma nova espécie vegetal do bioma Caatinga. Denominada Borreria apodiensis, a espécie é endêmica da Chapada do Apodi, ocorrendo em substratos calcários entre os estados do Ceará e Rio Grande do Norte, no Nordeste brasileiro.

A nova espécie foi descrita pelo Professor Elnatan Bezerra de Souza do Curso de Ciências Biológicas da UVA e curador do Herbário “Prof. Francisco José de Abreu Matos” (HUVA), durante estágio pós-doutoral na UFC, em colaboração com o Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio-Semiárido). Integram a equipe de pesquisadores, a Professora Maria Iracema Bezerra Loiola (UFC); Professora Elsa Leonor Cabral (UNNE); o discente do Curso de Ciências Biológicas e Bolsista do Programa Bolsa Universidade da UVA (PBU-UVA), Francisco Álvaro Almeida Nepomuceno, e a doutoranda Laila Mabel Miguel (UNNE).

A espécie, exclusiva da Caatinga, é uma erva anual de flores alvas, classificada entre as Rubiaceaes, da família do cafeeiro. A descrição da nova espécie foi publicada na Revista Acta Botanica Brasilica da Sociedade Botânica do Brasil. De acordo com o Professor Elnatan Bezerra, a descrição de mais uma espécie, até então desconhecida, reforça a importância de mais estudos sobre a Caatinga. “Se, por um lado, a Caatinga é rica em espécies, muitas das quais ainda não conhecidas da Ciência, o que demanda mais esforço de coleta e pesquisa, por outro, é o bioma menos protegido em unidades de conservação de proteção integral”, afirma. 

A Borreria apodiensis aparece para a Ciência já como espécie ameaçada. “A área de ocorrência dessa nova espécie, considerada por especialistas como de extrema importância para a conservação da flora da Caatinga, está sendo impactada pela agricultura mecanizada, por queimadas, produção de carvão e pela extração de calcário”, explica o Professor Eunatan.

Fonte: Assessoria de Comunicação e Marketing Institucional da UVA 

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