A educação tem o poder de mudar o mundo? Para a UNESCO, ela é, sem dúvida, uma ferramenta poderosa. Na última terça-feira (6), a organização divulgou o Relatório de Monitoramento Global da Educação 2016, cujo tema é “Educação para as Pessoas e o Planeta: criar futuros sustentáveis para todos”.
O relatório chama atenção para a necessidade de repensar a educação, para que ela extrapole o conceito de transmissão de informações, que está defasado e não corresponde com as atuais necessidades do mundo em que vivemos.
Para isso, a UNESCO elencou uma série de fatos e projeções que comprovam como a educação pode ser poderosa e participar ativamente do desenvolvimento sustentável esperado pela ONU na Agenda 2030, que reúne metas relacionadas a questões sociais, políticas, econômicas etc.
A seguir, confira 10 superpoderes da educação e entenda por que ela é a principal forma de mudar o mundo:
1. Reduz taxas de natalidade
Segundo dados da UNESCO, o acréscimo de um ano no sistema educacional de Madagascar, na África, aumentou em 0,5 ano o intervalo de tempo entre os nascimentos na região.
2. Reduz impactos de desastres naturais
Se o progresso educacional continuar estagnado, ele pode levar a um aumento de 20% no número de mortes por desastres naturais no mundo.
3. Melhora a produtividade da agricultura
Espera-se que a produção agrícola cresça no mínimo 70% até 2050. A educação focada em questões do campo pode aumentar a produtividade em 12% e a receita líquida do negócio em 19%.
4. Combate a pobreza
Aumentar o número de alunos no ensino superior em 10 países da União Europeia resultaria em uma diminuição no risco de pobreza e uma economia de 3,7 milhões de euros em gastos relacionados ao problema.
5. Supre as necessidades do mercado de trabalho
Aumentar o nível de educação é sinônimo de melhores profissionais. Em 2015, cerca de dois terços dos trabalhadores do mundo estavam empregados em funções que exigiam apenas habilidades medianas. Sem uma mudança, no ano 2020 haverá um déficit de 40 milhões de profissionais especializados e prontos para encarar as demandas do mercado.
6. Reduz as diferenças entre gêneros
Atualmente, com a educação estagnada, apenas 19% dos chefes de Estado ou de governo são mulheres. Além disso, elas realizam duas vezes mais trabalhos não-remunerados do que os homens.
7. Diminui a mortalidade infantil e a taxa de fecundidade
As mães com acesso à educação têm uma probabilidade de 90% de alimentar os filhos exclusivamente com leite materno, pelos seis primeiros meses de vida. Além disso, na Nigéria, quatro anos a mais na educação reduzem a taxa de fertilidade em um bebê por jovem mãe.
8. Representa menor criminalidade
Nos Estados Unidos, se mais 5% dos homens terminassem o ensino médio haveria um aumento de US$ 20 bilhões na economia, por conta da redução de gastos com o crime e também do aumento de receita.
9. Aumenta a participação política construtiva
Em 106 países analisados pelo relatório, pessoas com níveis mais elevados de educação foram mais propensas a se envolver em protestos não-violentos. Em 102 países, adultos com o ensino superior completo eram 60% mais interessados em cobrar informações do governo do que aqueles com ensino fundamental ou menos.
10. Diminui sonegação fiscal
Para a UNESCO, a educação de má qualidade pode diminuir o cumprimento com as obrigações fiscais, ou seja, pagamento de impostos para o governo. Entre 1966 e 2010, segundo a organização, a baixa escolaridade resultou em uma queda da receita fiscal em 123 países.
Fonte: Universia Brasil
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