quarta-feira, 27 de maio de 2015

Banda cearense lança clipe com mensagem a favor da preservação das tradições indígenas



Juntos desde 2012, Os Capotes Pretos na Terra Marfim já está no ar com o videoclipe “Terra Marfim”. Uma música cheia de energia, como a própria banda. “No clipe a gente queria mostrar essa alegria e espontaneidade que eles têm na vida pessoal e no palco, mas sem deixar de lado a poesia que tanto faz parte do trabalho deles. Exploramos a pipa, que era uma imagem que o Artur tinha em mente e queria que estivesse no clipe, e tivemos muita sorte com a locação, que é muito bonita e tem um pôr do sol incrível”, explicou a diretora Alinne Rodrigues, do Mocker Studio.

A locação, o campo de várzea da comunidade dos índios Tapeba, foi sugestão do Moisés, que mora em Caucaia desde que nasceu e passa diariamente pela BR-222.

“Aquela é uma região muito bonita e que tem muito a ver com a banda. A gente é mais do interior, do mato, do que urbano. Desde moleque eu lembro de falar com meu irmão sobre a pista que passa dentro da comunidade deles. Sempre foi muito chocante pra mim. Quando a gente foi lá no campo pra gravar o clipe, eles foram muito acolhedores, acompanharam todo o processo e conversaram com a gente sobre a questão da demarcação. A gente achou que falar disso no clipe era muito justo e uma forma de retribuir pelo lugar que foi cedido tão gentilmente e também uma forma de ajudar a chamar a atenção pra situação dos (índios) Tapebas“.

A banda começou com o vocalista, Moisés Filipe, e o multi-instrumentista Marcelo Freitas, que já eram amigos há muito tempo. Depois entrou o Freddy Costa, violonista que acabou assumindo o baixo. O violoncelo da Eudênia Magalhães veio pra somar aos arranjos para aquelas primeiras músicas. Por fim chegou Artur Guidugli, baterista. Todos tocam e cantam.

Quando eles chegaram no estúdio, no ano passado, já tinham um EP chamado “A Casa” e uma página no Facebook cheia de fãs. A maior parte eles conquistaram tocando na rua, aqui em Fortaleza, em intervenções urbanas na Beira Mar, no Dragão do Mar e na praça Luíza Távora. A gente curtiu na hora o estilo da banda, que tem uma pegada folk muito legal, e a ideia de gravar instrumentos não tão comuns no rock como violoncelo, trombone e flauta transversal nos animou ainda mais.

Foram cinco meses entre o início das gravações e o lançamento do álbum, “Capotes Pretos na Terra Marfim”, em fevereiro. O lançamento digital é do selo cearense Mocker Discos, fruto da cabeça e vivência no meio de Alinne Rodrigues e Igor Miná. “Criamos juntos uma imagem para a banda inspirada nas cores do capote, por isso o preto e branco e as bolinhas”, finaliza a inspirada Alinne.



Fonte: Tribuna do Ceará

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