Água Branca, no Piauí, é exemplo de como a atuação de secretarias municipais de Saúde com a população consegue ser efetiva quando se trata de eliminar os focos de proliferação do mosquito.
Localizada a 150 quilômetros da capital, Teresina, o município tem 16 mil habitantes. Durante todo o ano passado, foram registrados apenas sete casos de dengue e nenhum das outras doenças na cidade. O número é bem abaixo da média brasileira, que teve índice recorde de 1,6 milhão de casos de dengue no ano passado.
Mas qual o segredo que fez a cidade piauiense praticamente eliminar o Aedes aegypti?Uma campanha simples, dinâmica e colaborativa iniciada em 2013 pela Secretaria de Saúde de Água Branca.
Selos das cores verde, para casas sem larvas; amarelo, para casas sem larvas, mas com situações de acúmulo de água; e vermelho, para casas com larvas.
Os agentes de controle de endemias, em parceria com os médicos de Saúde da Família, percorreram os bairros e até as zonas rurais de Água Branca para visitar todas as residências e fazer um check list junto com o morador.
Os profissionais indicavam os possíveis locais de acúmulo de água e explicavam os procedimentos necessários para combater o mosquito. No final da visita, cada residência recebia um selo e passava a ser monitorada de acordo com esse código.
“Antes de iniciarmos o projeto, foi feita uma campanha de divulgação para explicar como trabalharíamos com os selos. O nosso objetivo, mais do que combater os focos do mosquito na cidade, era engajar e empoderar os moradores para que eles fossem os agentes de mudança nesse processo”, conta Dóris Leal, coordenadora de vigilância sanitária de Água Branca há dez anos, em entrevista ao HuffPost Brasil.
Com informações da revista Exame
Nenhum comentário:
Postar um comentário