quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Vice-governadora apresenta nova proposta do Governo para pôr fim à greve de professores na UVA

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Em reunião realizada na noite desta segunda-feira, 29 de agosto de 2016, na Reitoria da UVA, no campus da Betânia, a vice-governadora Izolda Cela recebeu representantes do sindicato dos docentes da UVA para mais um encontro de negociações para tentar pôr fim à greve de professores na Universidade, iniciada em 16 de maio deste ano. 

Sobre a impossibilidade de reajuste salarial dos professores – o que levou a categoria em assembleia, realizada no dia 17 de agosto de 2016, a se posicionar pela continuidade da greve – Izolda Cela reafirmou a situação do Governo do Estado. “Pela primeira vez em muitos anos não é possível a revisão geral dos salários dos servidores”, disse a vice-governadora ressaltando que “o que mais assombra o governador Camilo Santana é o Estado chegar uma situação de não poder honrar os salários dos servidores”, lembrando que “não é possível o Governo utilizar recursos de fontes distintas para outros fins que não os estabelecidos. Os recursos do Tesouro Estadual, oriundos de tributos e repasses federais, tiveram uma diminuição substancial e, esses são recursos para pagamento de pessoal e custeio”, disse.

Para resolver o impasse nas negociações, o Governo propôs a criação de um Grupo Técnico (GT) com o objetivo de estudar e apresentar uma proposta de ajuste para 2017, na forma de ganho como regência de classe. O GT teria a participação de técnicos da SEPLAG, SECITECE e SEFAZ, além de representantes das reitorias e dos sindicatos dos professores.

A proposta apresentada na reunião com o SINDIUVA foi mostrada mais cedo, na manhã desta segunda-feira, 29 de agosto, pela vice-governadora Izolda Cela, à direção do SINDIUECE, durante reunião com a presença do secretário Inácio Arruda (SECITECE) e do reitor Jackson Sampaio (UECE).

De acordo com a presidente do SINDIUVA, professora Sílvia Helena, a proposta será levada à Assembleia de professores. “O SINDIUVA já está se organizando para participação no GT proposto, mas, a assembleia que haverá no dia 31 de agosto, será de apresentação da proposta do Governo, não deliberativa ainda sobre permanência ou suspensão da greve, pois precisamos de mais elementos e definições quanto ao funcionamento do GT e há ainda as questões do que de fato é proposta quanto à melhoria da infraestrutura e do custeio da Universidade”, explica Silvia Helena. 

Avanços

Com a presença do reitor Fabianno Cavalcante de Carvalho, da vice-reitora Izabelle Mont’Alverne e do pró-reitor de Planejamento Igor Vieira, a reunião teve início com um balanço, feito pelo reitor, das reivindicações já atendidas pelo Governo do Estado, como a realização de concurso público para professor efetivo. “Já foram nomeados e empossados 32 dos 38 aprovados no primeiro concurso, realizado em 2015, e está em curso, na fase das provas didáticas, o segundo concurso, com 29 vagas; o resultado será divulgado no dia 04 de outubro e estará concluído o processo de preenchimento das 67 vagas destinadas à UVA pelo Governo do Estado”, afirmou o reitor.

Também foi atendida a implantação dos pedidos de ascensão e progressão funcional para professores, cujos processos encontram-se na Secretaria do Planejamento e Gestão (SEPLAG) para publicação logo que seja encerrada a greve. Foram encaminhadas as aprovações de recursos para o início, no primeiro semestre de 2017, das atividades do Restaurante Universitário (RU) e da Residência Universitária (REU). Foi, ainda, autorizado estudo para reforma e aparelhamento emergencial das instalações do Centro de Ciências Humanas (CCH) e “articula-se com os deputados federais da bancada cearense a destinação de verbas para a construção do Laboratório Multiusuário, no campus da CIDAO”, concluiu o reitor. 

Também participaram do encontro com a vice-governadora representantes do Diretório Central dos Estudantes da UVA (DCE).

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