Quadro “Rolando a Jangada para o Mar” (1941) |
Após temporadas em São Paulo e no Rio de Janeiro, a exposição “Raimundo Cela – Um mestre brasileiro” entra em cartaz em Fortaleza, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará nesta quarta-feira (18).
Um artista duplamente interrompido. É difícil supor até onde teria chegado a obra do sobralense Raimundo Cela (1890- 1954) se duas circunstâncias trágicas não o tivessem abatido. A primeira, um Acidente Vascular Cerebral (AVC) sofrido no ponto alto da carreira como pintor e gravurista. Após o AVC, Raimundo resigna-se em Camocim, no litoral oeste cearense, onde atua como engenheiro, infelizmente abandonando as artes.
Sete anos após a enfermidade, porém, recobra as forças e, como se retornasse exatamente do ponto em que parara, volta a retratar trabalhadores – dessa vez, os de sua terra, aqueles que se atrevem no ofício de domar a natureza com os próprios punhos -pescadores, vaqueiros, jangadeiros. Muda-se para Fortaleza e depois para Niterói, regressando como Professor da Escola Nacional de Belas Artes, onde fora estudante.
Havia acabado de ser premiado com uma medalha de ouro no Salão Nacional de Belas Artes quando é atingido pela segunda ruptura – esta a definitiva, talho inevitável no correr da vida – quando falece, em 1954, precocemente aos 64 anos.
A exposição Raimundo Cela – Um Mestre Brasileiro, ocorrerá de 18 a 23 de Janeiro, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC), no CDMAC (R. Dragão do Mar, 81, Praia de Iracema). Vernissage amanhã (17), das 19h às 22h (acesso até 21h30),para convidados. Contato: (85) 3488-8600.
Fonte: Plateia Sobralense
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