quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Pele de tilápia é usada como alternativa de tratamento em vítimas de queimaduras

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Cinquenta e seis pacientes do Núcleo de Queimados do Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza, receberam um novo tratamento desenvolvido a partir da pele do peixe tilápia.

O desenvolvimento de um curativo biológico com base em animais aquáticos é inédito no mundo e já se encontra em fase de testes em seres humanos, sendo a técnica precursora utilizada no tratamento de pacientes do Núcleo de Queimados do IJF. A pesquisa vem sendo realizada há dois anos e meio, no Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da Universidade Federal do Ceará (UFC)) e com participação de pesquisadores do Ceará, de Pernambuco e Goiás.

O coordenador da pesquisa, o médico Edmar Maciel, explica: ”Trata-se de um curativo biológico temporário com o objetivo de fechar a ferida evitando a contaminação de fora para dentro, a desidratação e as trocas diárias de curativos, que ocasionam desconforto e dor aos pacientes, e, em consequência reduz os custos do tratamento.O procedimento é utilizado em queimaduras de 2º grau profundo e 3°grau.

Pesquisa
Logo nas primeiras etapas do estudo, a utilização clínica do pele da tilápia mostrou-se propícia, tendo em vista as semelhanças do material com a pele humana, como grau de umidade, alta qualidade de colágeno e resistência. Testes em animais terrestres também descartaram possíveis riscos de contaminação com a nova técnica que, de acordo com os realizadores, tem mais poder de cicatrização que os métodos convencionais e ainda é capaz de reduzir a sensação de desconforto, dor, perda de líquido e ocorrência de infecção.

Resultado
A dona de casa e empresária Neusa Brasiliano relata uma experiência positiva com o tratamento. Sua filha Letícia, em janeiro de 2016, sofreu um acidente e queimou parte de seu corpo com gasolina. Queimadura de 3° grau. O atendimento e acompanhamento foi realizado no IJF. Letícia foi uma das pacientes que utilizou o curativo com a pele da tilápia. “Seria urgente uma reconstituição de pele na barriga da minha filha. E isso nos causava muito sofrimento.No começo ficamos apreensivas quanto ao resultado, mas, graças a esse tratamento não foi necessário uma cirurgia de enxerto de pele”, comemora aliviada dona Neusa.

Serviço
Instituto de Apoio ao Queimado
Rua Visconde de Saboya 75 Centro - Fortaleza

Com informações da Agência da Boa Notícia

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