terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Cuidados paliativos ajudam na qualidade de vida de pacientes e familiares do HRN


“Faço questão de estar aqui cuidando da minha mãe”, afirma Ângela Sônia dos Santos, 55 anos, do município de Meruoca, que desde o último dia 7 acompanha a mãe, Maria Zilda da Costa, de 89 anos. Dona Maria está internada na Unidade de Cuidados Especiais do Hospital Regional Norte (HRN), em Sobral, da rede pública do Governo do Ceará. Ela tem Mal de Alzheimer e doença de Parkinson.

“Estão nos dando um apoio maravilhoso. Cuido da minha mãe há 10 anos. É a primeira vez que estamos aqui. Ter esse atendimento dos profissionais me incentiva mais ainda a continuar firme para eu ajudar minha mãe. Desde o primeiro dia recebo informações sobre o estado dela”, afirma Ângela.

A Unidade de Cuidados Especiais funciona desde agosto de 2014. Em média, atende de 15 a 20 pacientes por mês. A UCE tem 16 leitos e o atendimento é feito por uma equipe multiprofissional formada por médicos, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogas, assistentes sociais, entre outros. “Atendemos pacientes que precisam de reabilitação em cuidados prolongados e pacientes que também precisam de cuidados paliativos e não têm condições de estar em domicílio devido à gravidade da doença”, fala a médica Tárcilla Pinto, coordenadora da UCE.

Além do atendimento especializado ao paciente, o Hospital Regional Norte garante aos familiares o acompanhamento psicológico. “Essas famílias estão em um sofrimento extremo ao ver seus entes acamados. Tudo isso requer uma reorganização na rotina da família. Eles estão em estado de luto pela possível perda do familiar ou pela perda de como ele é em casa”, explica a psicóloga Raiza Sousa.

Segundo a assistente social Gabriela Seixas, quando o paciente dá entrada na Unidade de Cuidados Especiais do HRN, é realizada uma entrevista com a família e identificadas as principais necessidades. “Observar no início da internação é importante porque geralmente o doente com esse perfil da UCE tem uma estadia prolongada no hospital. Então a gente precisa conhecer a família para ver como estão se organizando em torno da condição do paciente, até mesmo se antecipando para os diagnósticos de desospitalização”, diz. Para os casos de alta hospitalar, o paciente é encaminhado para o ambulatório do hospital para ser feito um acompanhamento contínuo, de acordo com o parecer da equipe multiprofissional.

Cuidado Paliativo
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), cuidado paliativo não tem intenção curativa propriamente. Ele pode ser feito em paralelo com o início de um tratamento curativo e vai ganhando espaço à medida que esses procedimentos do tratamento para intenção curativa não vão funcionando. O cuidado paliativo é focado nos sintomas e na qualidade de vida dos pacientes e da família, para o melhor entendimento e manejo de complicações e sintomas estressantes tanto relacionados ao tratamento quanto à evolução da doença. O foco é saber se os sintomas estão controlados e diminuir a dor e o sofrimento.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Hospital Regional Norte

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