segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Programa Nacional de Olimpíadas de Química será ampliado ao ensino universitário

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O Programa Nacional de Olimpíadas de Química atingiu sua maioridade este ano após 21 anos de atividades ininterruptas, com coordenadorias instaladas em instituições de ensino superior de 25 Estados e no Distrito Federal, afirma o coordenador do Programa, Prof. Sérgio Melo, informando ainda que em 2016 o evento alcançou 340.000 estudantes dos ensinos fundamental e médio.

Ele destaca também que quatro estudantes do ensino médio – dois do Ceará e dois de São Paulo – representaram recentemente o Brasil em certame internacional realizado em Tbilisi (Geórgia), promovido pelo Ministério da Educação e Ciência deste país e que, por conta da pontuação obtida por eles, o Brasil alcançou a 17ª posição entre os 80 países concorrentes.

A posição é privilegiada tendo em vista que o Brasil ficou à frente de países europeus com sistemas de ensino bem avaliados como é o caso de Alemanha, Reino Unido, Holanda, Bélgica, França, entre outros, destaca o Prof. Sérgio Melo. Nas Américas, somente os Estados Unidos, em 13º lugar, obteve posição melhor no ranking, complementa. Os estudantes foram avaliados nos conhecimentos teóricos e no desempenho em laboratório.

Os exames tinham duração de cinco horas e problemas desafiadores que abrangiam temas não usuais no ensino médio, como química quântica, espectrometria de massa, interpretação de espectros RMN e cálculos espectroscópicos. Nos laboratórios, os participantes deveriam estar familiarizados com o uso de espectrofotômetro, coluna cromatográfica, síntese e análise de substâncias.

Em decorrência desse crescimento, da ampliação do espaço alcançado pelas Olimpíadas, a partir de 2017 "passaremos a focar também no ensino universitário. Assim, de forma piloto, vamos testar essa ferramenta educacional entre os estudantes dos cursos de Química das universidades cearenses", anuncia o Prof. Sérgio Melo. E complementa: as professoras Nilce Gramosa e Nadja Ricardo, do Departamento de Química Orgânica e Inorgânica da UFC, já estão programando a Olimpíada Cearense do Ensino Superior de Química. O projeto está, inclusive, cadastrado na Pró-Reitoria de Extensão. Observa o Prof. Sérgio Melo que até então a Matemática é a única ciência com projeto de olimpíadas que alcança o ensino universitário.

Trajetória
A Olimpíada de Química foi idealizada no Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) em 1986, sendo suspensa entre 1990 e 1994 por ausência de recursos. A Universidade Federal do Ceará decidiu reiniciá-la promovendo a Olimpíada Norte/Nordeste de Química, o embrião do Programa Nacional Olimpíadas de Química.

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