A greve dos bancários suspendeu o funcionamento de 395 agências no Ceará, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (16) , 11º dia da paralisação, pelo Sindicato dos Bancários do Ceará. Em Fortaleza, das 262 agências, 178 paralisaram, adesão de 68%. No Interior, 217 das 305 unidades permaneceram fechadas, o que representa adesão de 71%
Os bancários vão realizar nova assembleia na terça-feira (20), a partir das 17h, na sede do sindicato para avaliar o movimento. “A adesão crescente demonstra a indignação da categoria com as metas abusivas, com o assédio moral e principalmente, com a proposta de 5,5% oferecida pelos banqueiros que não repõe sequer a inflação do período. Enquanto não houver uma proposta digna vamos continuar firmes em defesa dos nossos direitos”, diz o presidente do sindicato, Carlos Eduardo Bezerra.
A proposta apresentada pela Febraban, rejeitada em assembleias, oferece reajuste salarial de 5,5%, com piso entre R$ 1.321,26 e R$ 2.560,23. A Federação propôs ainda PLR pela regra de 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22 e parcela adicional (2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.878,16).
O que pede a categoria
A greve foi iniciada em diversos estados do país, incluindo o Cerá, no dia 6. Os bancários pedem reajuste salarial de 16%, com piso de R$ 3.299,66, e Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82. A categoria também reivindica vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 788 cada. A categoria também pede pagamento para graduação e pós, além de melhorias nas condições de trabalho e segurança.
Foram também propostos os seguintes benefícios: auxílio-refeição de R$ 27,43, auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta de R$ 454,87,auxílio-creche/babá de R$ 323,84 a R$ 378,56, gratificação de compensador de cheques de R$ 147,11, qualificação profissional de R$ 1.294,49, entre outros.
Procon
O Procon Fortaleza ingressou com ação civil pública contra a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e sete instituições financeiras que prestam serviços na capital cearense pedindo garantia de direitos dos consumidores. Na ação judicial, o Procon pede que a Justiça determine a prorrogação dos boletos vencidos durante o período de paralisação por, no mínimo, 72 horas, a contar do término da greve. Nesse caso, os bancos não poderiam cobrar juros, multas e demais encargos financeiros, desde o início do movimento grevista.
Caso a liminar seja concedida, os bancos deverão pagar multa diária de R$ 100 mil por descumprimento da ordem judicial. O Procon também pediu uma indenização coletiva pelos danos já causados aos consumidores no valor de R$ 5 milhões.
Consumidores que forem prejudicados durante a greve contarão com atendimento prioritário na sede do Procon Fortaleza (na Rua Major Facundo, 869) e no Procon Messejana (unidade do Vapt Vupt), ao lado do terminal de ônibus. Também é possível registrar reclamação pela internet, no link Atendimento Virtual.
Fonte: G1
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